Não sei. Pode dizer de boca cheia.
Assim mesmo, de peito aberto.
Ou se quiser gritar na janela, marcar panelaço para as 20h30, tanto faz.
Respira fundo, e solta a voz: EU NÃO SEI.
Inspira, respira, e repete: Eu não sei.
E isso é excelente.
Sem o asqueroso e tosco bom samaritanismo de quem causou de se importar agora com pessoas que vivem em extrema dificuldade social ou [insira qualquer outro cenário egoísta] – o que já ocorria muito antes da pandemia – não saber é uma benção.
Significa que você pode aprender.
Que pode escolher deliberadamente se desconectar de algumas coisas doentias que ficam nas mídias sociais.
Também pode escolher deliberadamente não ficar esperando – do governo, dos políticos, do papai do céu – alguma solução para um fato tão óbvio que dói compreender: você só tem controle (e responsabilidade) pelo que você faz.
Ao resto, pode no máximo adaptar a intensidade da sua reação.
Pode aceitar que nunca existiu receita pronta para tudo que vivemos.
Que a vida acontece sem se importar muito com nossos planos.
Entender que a nossa chance é zero salvar 100% dos [muitos] mortos.
E ainda assim pode aprender que é na ação de um plano conseguimos ao menos nos concentrar em fazer, em viver.
Não saber sobre o seu emprego, trabalho e carreira é ótimo.
Significa que você pode se dedicar.
Elencar prioridades e ELIMINAR tudo que for distração.
Escolher agora se responsabilizar pela procrastinação, improdutividade e incompetência que era sempre culpa do ambiente, das pessoas, do entorno.
Estabelecer um prazo para executar suas ações, mesmo que o cenário [sempre] instável pareça mais nebuloso.
Concentrar-se em manter o que é de manter, trocar o que é de trocar, e ser menos substituível entre tudo e todos que somos [substituíveis] em nossas posições nas relações comerciais.
Posicionar-se aqui como um profissional apto e capaz no que resolve no cotidiano.
E ao não saber como será o próximo dia, pode seguir ao menos dedicado em suas escolhas.
Aceitar que não sabe (nunca soube…) como será o amanha é oportunidade.
Há 15 anos, vivíamos sem smartphones.
Há 10, sem internet 4g, e nos adaptamos. Sempre nos adaptamos.
Por isso, antes da vida “voltar ao normal”, você pode avaliar se esse seu normal era saudável.
Se as horas de trânsito enfrentadas são realmente necessárias para as demandas que você cumpre.
E se com esse tempo ganho, você conseguiu/conseguirá enriquecer o seu espírito.
Se o conceito de consumo consciente pode mudar para você, e ser mais consciência da necessidade de consumir e menos “escolhas baseadas no preço sem entender o que consciência significa”.
Terá a oportunidade de recalcular o valor do seu dinheiro, para escolher se viver com menos do que se ganha é uma opção consciente ou uma necessidade inevitável.
Ganha a oportunidade de pensar em quantas reuniões inúteis agora são e-mails e ligações.
Como este hábito em construção pode ser mantido para sempre, pois [olha que lindo!] as demandas são resolvidas remotamente com ainda mais competência.
Nada será como antes. Já parou pra pensar que, se tanta gente reclamava de como a vida era, não estamos diante de uma oportunidade de melhorar, parar de fazer o que nos incomodava e fazer mais do que funciona?
Eu também não sei [de um monte de coisas] e é por isso que escrevo.
Atendo 13 clientes, dos quais 3 foram impactados diretamente com a pausa das suas operações [os demais, por hora, indiretamente].
Continuarei trabalhando para aqueles sem cobrar por meus serviços, enquanto o dinheiro não voltar a entrar. Sairemos juntos dessa!
Sigo enxergando oportunidades para:
📤 Revisar as ações e posicionamentos de marca e comunicação adotadas até aqui;
📥 Avaliar a saúde do modelo de negócio do momento anterior até essa pausa, e o que pode ser feito a partir da retomada;
📤 Mensurar a saúde dos conteúdos utilizados para familiaridade e promoção até então;
📥 E preparar MVP´S com as oportunidades de mercado que são consequentes da retomada das atividades com “a presença física de sempre”.
Como não sabemos juntos, escolhemos tratar esta pausa como uma oportunidade para rever os processos que “nunca davam tempo”, para organizar “tudo que era muito corrido”, para atender “aquele problema parado há meses”, e fazer o que de melhor podemos neste momento: viver.
Sem a TV ligada do noticiário.
Usando a internet para conteúdos relevantes [em especial vídeos que te façam rir];
Revisando ou praticando os seus objetivos.
E acreditando que neste cenário de incertezas o melhor que podemos fazer é dizer: eu não sei.
É não sabendo que vamos começar a saber.
Se você também não sabe o que pode fazer para a sua empresa, ideia ou negócio continuar, sem problemas.
O que eu sei é que, da gestão pra dentro, o que você tem é tempo para nunca mais:
🔄 Viver com mais do que realmente ganha, perdendo desde sempre a competição da comparação que é infrutífera por natureza;
✅ Administrar um negócio ou o orçamento do seu lar com a corda no pescoço, sem calcular de verdade o custo e valor da sua operação;
🔄 Esperar de terceiros o que é sua responsabilidade ter e manter bem-feito.
E sei que, quando o assunto é qualificar um negócio o bom design, a comunicação que conta histórias e pessoaliza seus produtos e serviços funciona, com ou sem crise.
Que branding de verdade só tem quem escolheu enfrentar esta adversidade ao invés de ser derrotado por ela, sabendo que não sabe. O resto foi perfumaria
Já todas as outras coisas que não sei, podemos aprender juntos, para depois deste cenário, prosperar de verdade usando tudo que já sei. Vamos?
Eu sou o Tony, e tudo que comunica eu faço. Você conversa comigo clicando aqui.