Posicionamento não é só algo das empresas, é nosso. Aliás, você é uma marca, sabe disso né?
Se não sabia, por gentileza, dá uma lida aqui.
Isto posto, saiba que as marcas que mais se consolidam são aquelas que cumprem com o que prometem.
A promessa de uma marca é a missão, visão e valores que possui, traduzidos e praticados em vários itens:
Seu posicionamento (uma frase que resume sua promessa);
O slogan (ou frase de impacto, a mensagem que melhor comunica essa promessa);
Seu produto ou serviço (aquilo que outra pessoa pode consumir/adquirir para receber a promessa vendida);
E o seu comportamento (as atitudes e comunicações diárias que mostram do que é feita a promessa e se ela faz sentido na prática).
Qual é o valor ou benefício que você entrega, e só você pode entregar desta forma? Isso é a promessa de uma marca. O nome “técnico” disso é posicionamento.
Posicionamento de marca é o principal diferencial que uma pessoa ou uma empresa pode ter.
É provável que existam dezenas de milhares de profissionais da sua área (na minha são centenas, somados aos que nem formação tem, bate os milhões).
Recortando na sua especialidade dentro desta área, idem.
Na hora que um recrutador pesquisar por [categoria profissional que você se encaixa], seu perfil se destacaria?
O conteúdo que está nele chama a atenção? Você realmente apresenta a promessa que deseja cumprir?
Importante: não estou falando de perfeição. Mas de transparência, compromisso consigo e autenticidade.
Transparência, porque não basta ser algo, tem que parecer.
Este princípio fará com que você não firule no seu perfil nas redes sociais, no seu conteúdo diário, na mensagem que você passa, na forma como você fala com as pessoas.
Usará a empatia para lembrar que “ser o que se é” não é ser u@ idiota sem filtro.
Não adianta postar no linkedin uma história linda de como seu filho é e educado, se nós nos encontrarmos no shopping e eu ver vocês dois dando xilique, um por que é criança, o outro por perder o controle.
Transparência é ter no comportamento a promessa que você vende.
Já imaginou se o Banco Itaú em sua comunicação diária ficasse falando sobre como os diretores deles são legais, ao invés de “leia para uma criança”, “é você quem faz o app”, entre outras?
Ou se o Nubank pedisse, para fazer o cartão, um formulário que só pudesse ser preenchido de próprio punho e enviado pelo correio?
Sei que a tentação da imagem imaculada e da vida/carreira perfeita [tive uma dor, mas tudo deu certo no final] é a base do conteúdo nas redes sociais.
Mas transparência não é só isso. É mostrar um pouco de tudo que você é, para escolherem você com uma pequena certeza do que estão levando.
O compromisso consigo é justamente ir para a posição de espectador da sua história, e lembrar se a forma como ela é contada está agradável ou exagerada em algum ponto.
É um pouco de autocrítica para se perguntar: “compraria o que vendo? Isso realmente faz sentido ou qualquer pessoa pode dizer o que digo?”
E com essas respostas, passará a usar a autenticidade.
Sua linguagem, suas expressões, suas formas de contar suas histórias, suas dores e sucessos e, claro, apresentar os produtos e serviços próprios ou que representa.
Feito pra você, desce redondo, ah se todo branco fosse assim, find new roads, confiança começa pelo nome, delivery para qualquer fome, sinta o sabor.
Você provavelmente sabe de quais empresas estou falando, pois expõem as suas promessas que, reverberadas em seus produtos e serviços, fazem sentido e ocupam posições de destaque em seus respectivos setores.
A soma desses fatores constrói o próximo elemento relevante para o sucesso da sua marca: reputação.
Reputação é o que as pessoas falam sobre como sua promessa é cumprida ou não.
A promessa (posicionamento) é como reservar um quarto, mas na cabeça.
Promessas que se cumprem são como um passe vip para a mente do seu público.
Por isso é importante você ter atenção na construção da sua marca.
Fale como você fala, seja quem você é.
Comunique o que você tem de valor real, e não apenas o que é preço.
Coloque-se no seu lugar para enxergar seu cliente como um humano, como alguém digno. Tanto para não desrespeita-lo, quanto para dizer o que é preciso a quem pode te ouvir, vai te entender, e tende a desejar o valor que você agrega.
Tomou consciência de que é uma marca, e afinou a promessa que deseja apresentar, é hora de pensar nos seus produtos e serviços, e como apresentá-los.
Isso fica para outra conversa 🙂