Tonykarlos

O faça você mesmo não vai salvar a sua carreira [nem o seu negócio]

Faça você mesmo é um princípio muito bom para a vida. Será que ele é bom para os negócios?

Você adora pechinchar, mas odeia quando tentam baixar o preço do seu produto/serviço, ou o valor do seu salário, né não?

Na minha área profissional – fazer tudo que é visual – a popularização dos softwares gráficos transformou a divindade de designers em byte.

Como em todas as profissões, existem as prateleiras e as “divisões de qualidade”, mas criar um produto visual tornou-se relativamente simples.

Simples a ponto das pessoas se perguntarem: “pra quê eu vou pagar, se eu mesmo posso fazer?”.

Eu e o profissional que receberá o prêmio de maior reconhecimento que esta carreira pode dar, começamos da mesma forma: como os “sobrinhos que mexem no Corel/photoshop” [ou micreiros, se você também vem lá dos anos 90].

Nos especializamos, profissionalizamos, e continuamos subindo degraus na carreira.

Assim como você começou sem saber nada da sua profissão e se especializou com teoria e prática.

Que tinha caminhos comuns, atalhos, e algumas automatizações. 

O Canva é meu pastor e nenhuma arte me faltará

A área de comunicação passa por mais um salto, que é o excelente poder de processamento tanto dos celulares e tablets quanto dos navegadores nos computadores de mesa.

A barreira que existia para “saber mexer em tal programa”, já caiu.

Assim como para trabalhar mesmo: se há 20 anos o micreiro precisava correr atrás dos vizinhos/amigos/parentes, hoje é só entrar no Freelancer.com, Workana, WeDoLogos e Fiverr para tentar fazer dinheiro.

Canva, Adobe XD, Inshot, temas prontos para slides, sugestões de visual nos principais aplicativos corporativos, bancos de imagens, gráficos, ícones…

Cada vez mais o designer se coloca num estágio anterior de preparar um modelo facilmente replicável, ganhando “na escala de centavos”, e menos na linha de frente.

Pra você aí do outro lado da telinha, fazer por conta e/ou baixar de graça.

Estou vendo daqui o sorrisinho de lado, com a carinha de quem segue gostando demais: “para quê que eu vou pagar, se eu mesmo posso fazer?”

Faça você mesmo: será que precisa?

Faça você mesmo: quando todo mundo pode fazer design, todo mundo é designer?

Nanana. Minha profissão está se tornando obsoleta? De jeito nenhum.

Design ser cada dia mais acessível é oportunidade.

Quanto mais gente aprendendo a diferença entre o que é “bom ou ruim” neste campo, mais gente entendendo o valor e o preço de não ser comum.

Da mesma forma que entende que precisa fazer uma especialização para não ficar para trás no mercado de trabalho.

Tal e qual passa bastante tempo no Linkedin [re]conhecendo como construir sua próxima oportunidade profissional [ou passando pano para fanfiqueiro, escolhas].

Para quem está com a barriga no balcão, virtual ou real, sabe que tem vários pratos para girar, sempre com medo de deixar algum cair.

Sabe que tem um recrutador ou patrão pensando: “para quê pagar um salário maior, se tem aquela opção mais em conta?”

Sabe que tem um cliente virando as costas [nem sempre agradecendo] com o mesmíssimo pensamento: “pra que pagar por isso, se eu posso fazer ou pagar menos?”

Ops, parece que temos uma [in]coerência aqui, certo?

 

Preço preço, custo custo. E o valor?

Fazemos beicinho, real e virtual, quando o nosso valor não é reconhecido.

Enchemos de likes e de “tamojuntices” os posts fanficados de histórias de recolocação não concluídas, ou das recolocações épicas.

Adoramos as dicas de fazer mais com menos, de economia, praticidade, produtividade, e os hacks de “cultura de levar vantagem”.

Mas odiamos quando aplicam o “faça você mesmo” em nós.

Criticamos os RH´s, os patrões, os clientes, o mercado, o universo.

E, seja sincero: nos olhamos no espelho?

Quando estamos do outro lado do balcão, o que buscamos: o menor preço, ou o maior valor?

Procuramos ou não entre os apps de delivery se uma entrega sai mais barata que a outra?

Olhamos ou não entre os apps de mobilidade o preço da corrida?  Na hora do bolso, por vezes, esquecemos ou não a diferença da experiência que cada serviço oferece?

Somos o valor que proporcionamos. E aí, qual é o preço?

Construir a percepção e alinhamento entre preço e valor pode acontecer a partir de diversas ferramentas:

🕚 O branding, que dá alma, corpo e voz para a sua marca [pessoal ou profissional].
🕚 O marketing, que “P”cifica o seu produto ou serviço.
🕟 E o design, que transforma tudo que comunica em valor.

Design pode ser uma foto bem batida.

Um curriculum/bio de rede social que diga a sua verdade.

Uma carreira recheada de cursos e de jornadas empregatícias bem detalhadas.

Mas ainda é a melhor forma de você se diferenciar da centena de milhar de pessoas que estudaram como você, são formadas na mesma área, tem os mesmos cursos, e batalham pela mesma vaga de trabalho.

Faça você mesmo não salva nem a sua carreira, nem o seu negócio.

É a melhor forma de fazer a sua ideia, empresa ou negócio se descolarem do mais do mesmo, saindo do pipipi-o-mercado-é-difícil e entrando para a história.

Com tantas [pre]ocupações para transformar sua carreira ou o seu empreendimento em resultado prático, será mesmo que a pergunta é “porque eu vou pagar, se eu mesmo posso fazer?”

Ou deveria ser “se eu quero ser uma solução na vida ou na empresa das outras pessoas, porque eu não estou apresentando um valor real no mercado? O que eu realmente faço diferente/melhor que vai conversar com quem quero resultado?”

Você adora pechinchar, mas odeia quando tentam baixar o preço do seu produto/serviço, ou o valor do seu salário, né não?

Para a sua carreira ou para o seu negócio, pense em branding, marketing e design mais como “soluções com as quais preciso de ajuda”, e menos “tá tudo aí no gugou/iotubi né? Eu mesmo vou fazer.”

Deixe de ser o cliente que você não quer ter. Nem seja o funcionário que não contrataria.

E se coloque na frente do espelho, da vida e do mercado, como alguém que quer fazer a diferença pra valer.

Mais “vamos juntos” e menos “eu mesmo faço tudo”.

Aprenda o que for necessário, entenda como “tudo que você precisa” funciona, até mesmo para saber o que pedir quando contratar/precisar de ajuda.

aprenda as regras para que você saiba como infringi-las corretamente.

Se a sua situação é realmente complicada e você tem mais tempo que oportunidades, sim, busque todos os conteúdos gratuitos.

Só não esqueça que prioridade é no singular, e que você precisa ser primeiro um especialista de um tema, depois especializado nas áreas ao redor dele.

Para entender o valor do que você quer ter.

Agregar valor em quem você quer ser e então colocar o preço que vale.

Receber tudo que deseja de verdade.

E deixar de ser questionado por quem, bem, não é seu público. Nem sua vaga.

“Faça você mesmo” não salva a sua carreira, nem o seu negócio.

Clareza e foco, sim. Fazer o melhor do que domina e pedir ajuda com o que complementa, também.

No que você precisa para a sua carreira, procure os profissionais especializados em tudo que é necessário desenvolver.

Para a sua ideia, marca, produto ou serviço, conte comigo.


Muito prazer, eu sou o Tony e tudo que comunica eu faço. Vamos conversar?

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